Bittershaus

Olho o céu. Fim de tarde, Cor do mel.

      O que poderia representar uma garota indefesa perdida, não em uma floresta, mas em uma cidade, sem saber que estava perdida... O mundo em sua volta funcionando, processando, vegetando. Ela não era real, assim como todos os outros. A ilusão da realidade era dada pelos complexos sistemas da natureza para que ela continuasse funcionando. Afinal, a natureza em si não é real. Se os únicos que podem dizer que a natureza é real são os indivíduos afundados na ilusão do real, quem da natureza pode dizer que ela é real?       Havia naquele mundo, e a garota perdida estava a alguns passos de descobrir isso, alguns pensadores que acreditavam que somente uma partícula de tudo, talvez um núcleo mínimo do Universo, era real; todo o resto era ilusão criada pelo núcleo para que este continuasse tendo razão para existir. Por isso, não havia ninguém que pudesse contestá-lo. Não havia lógica nem a necessidade de haver. A ilusão se tornou tão extensa que tal núcleo precisou criar cada vez mais ilus